Data de publicação:29.08.2021<Voltar

Covid-19 Dados e Informações – Agosto 2021

APRENDEMOS COM A PANDEMIA – 2) Desinfetar Não é Tão Importante Assim: uma “moda” que marcou os primeiros meses de pandemia foi a limpeza constante das mãos e de superfícies, maçanetas, objetos de uso pessoal e até compras de supermercado. Itens de limpeza, como o álcool 70%, o álcool em gel, água sanitária e desinfetantes em geral tiveram um crescimento significativo de consumo. De acordo com a ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza, Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional) esse mercado cresceu 13% no BRASIL durante o primeiro semestre de 2020. A venda de produtos à base de álcool teve um aumento de 67%. Esse interesse todo tinha a ver com as recomendações dos especialistas que apontavam a desinfecção como uma das principais medidas preventivas contra a Covid-19.

Com o tempo, essa ideia perdeu muita força, a medida que se observou a relevância dos aerossóis na transmissão do Coronavírus. Como se viu na publicação da semana passada (21-08-2021), as gotículas de saliva com Coronavírus não necessariamente se depositam nas superfícies, mas ficam pairando no ar como fumaça e podem ser aspiradas. Atualmente, muitas instituições, como o CDC americano (Centers for Disease Control and Prevention), ainda consideram o contato com objetos contaminados como possível fonte de infecção, mas admitem que a probabilidade de isso acontecer na prática é baixíssima.

Que fique claro: a Higiene das Mãos e do Ambiente é sempre uma atitude bem-vinda, inclusive para prevenir outras doenças infecciosas. Mas quando falamos de vírus respiratórios, existem outras ações tão ou até mais importantes, sobre as quais deveríamos manter mais as nossas atenções. É o caso, por exemplo, de usar máscaras de melhor qualidade, de evitar aglomerações e de providenciar a Circulação adequada do Ar pelo ambiente, que será o assunto da próxima semana. Gostou? Então divulgue.

(21-08-2021) APRENDEMOS COM A PANDEMIA:  desde do inicio da crise sanitária o conhecimento trouxe novas e alterou as recomendações de diagnóstico, tratamento e prevenção da infecção pelo Coronavírus. Pois é, o conhecimento evolui constantemente, e as recomendações que valiam ontem podem deixar de fazer sentido hoje ou amanhã. Em época de crises, guerras e durante uma pandemia esse avanço é ainda mais veloz. A partir desta semana vamos procurar trazer algumas destas modificações.

1) Máscara PFF2 (Peça Facial Filtrante): no inicio da pandemia, autoridades e organizações como a OMS (Organização Mundial da Saúde) discutiram sobre o uso da máscara. Dois aspectos preocupavam: a) havia um receio de que a peça colada no rosto incomodaria, fazendo com que as pessoas levassem as mãos aos olhos, nariz e boca com mais frequência. Isto poderia aumentar o risco de infecção, pois os dedos poderiam estar contaminados; b) escassez de material de proteção a quem mais precisava, como os pacientes e os profissionais de saúde (temia-se que uma busca desenfreada pela compra de máscaras acabaria com os estoques disponíveis). Na realidade nenhum dos dois pontos se revelou 100% verdadeiro.

Outro ponto esta relacionada à evolução da qualidade do material, no início, o indicado era botar a máscara caseira de pano com duas ou três camadas de tecidos diferentes. Com o passar dos meses, porém, as máscaras cirúrgicas e os modelos profissionais (PFF2, N95 e similares) ganharam terreno e se tornaram mais populares. E isso está diretamente vinculado à evolução do conhecimento sobre as formas de disseminação do Coronavírus. Inicialmente, pensava-se que o agente infeccioso passava de uma pessoa para outra somente através de gotículas de saliva, que são expelidas quando a gente fala, tosse ou espirra que são maiores, mais pesadas e que por isso logo caem, por gravidade, no chão. Assim acreditava-se que a transmissão dependia da proximidade.

Hoje os cientistas observaram que a covid-19 tem uma segunda forma de transmissão, os aerossóis, que também são partículas de saliva, mas de tamanho muito reduzido. Como são menos pesadas, elas ficam vagando pelo ambiente por muito mais tempo, numa dinâmica parecida ao que acontece, por exemplo, com a fumaça do cigarro. Daí uma pessoa pode ser infectada ao entrar num elevador, onde antes um indivíduo infectado falou ou espirrou, explica o infectologista Celso Granato, diretor do Fleury Medicina e Saúde. As máscaras do tipo PFF2 ou N95 são indicadas para casos como esse pois vedam todas as  possíveis entradas da face, em particular a maçã do rosto, as bochechas e o queixo, bloqueando e filtrando os aerossóis carregados de vírus.

A máscara PFF2 (ou respirador PFF2, como seria o nome correto) é um Equipamento de Proteção Individual que oferece proteção respiratória contra contaminantes. Dentre estes contaminantes estão os fumos (aerossóis termicamente gerados) e vírus como o Corona. No mercado brasileiro existem vários fabricantes: 3M, Drager, KSN, Camper, Pro Safety, Tayco dentre outros.

Gostou, então divulgue. Semana que vem tem mais.

Ah, atualizamos também o gráfico e vamos passar a destacar a situação de cada cidade. A primeira Cidade é o Rio de Janeiro. O percentual de Letalidade de 7,24% é muito superior a média Nacional.

Qual é a razão? Falta de Informação, Informação Incorreta ou alguma explicação técnica? (pergunta aos universitários) 

(14-08-2021) Mortes após as duas doses: entre 28/02/2021 e 27/07/2021, aproximadamente 9.878 pessoas residentes no BRASIL que morreram por Covid-19 já haviam tomado as duas doses ou a aplicação única do imunizante e 28.660 pessoas vacinadas foram internadas. Os idosos com mais de 70 anos são a maioria.

Apesar dessas mortes por covid-19, a vacinação é a melhor forma de controlar a doença. Na verdade, nenhum imunizante até hoje desenvolvido garante 100% de proteção, mas todos reduzem drasticamente as chances de internações, casos graves e mortes pela doença.

Os dados colhidos pelo Ministério da Saúde mostram que os idosos com mais de 70 anos são as principais vítimas, 8.734 das 9.878 mortes (88%) e 23.359 das 28.660 internações.

Esses dados reforçam a indicação para que idosos e pessoas de seu convívio mantenham o distanciamento social e continuem a usar máscara mesmo após a imunização completa.

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