Data de publicação:16.11.2019<Voltar

O MISTÉRIO da Origem DO ÓLEO nas Praias do Nordeste CONTINUA

A Marinha do BRASIL confirmou ontem (15/11/2019) o reaparecimento de manchas de óleo no Delta do Parnaíba. Desta vez, o material foi encontrado na Praia do Pontal, em Ilha Grande. Outras cinco praias piauienses voltaram a ser atingidas no dia 14/11.

A origem desse óleo ainda não está explicada. Investigações realizadas pela Marinha e pela PETROBRAS encontraram petróleo com a mesma “assinatura” do óleo da Venezuela nas manchas que se espalham pelo mar na Região Nordeste.

O navio-tanque Bouboulina, embarcação da empresa grega Delta Tankers apontada pela Policia Federal e Marinha como suspeita pelo derramamento do óleo não figuraria entre os principais alvos que teriam responsabilidade pelo desastre. A conclusão é da empresa americana Skytruth especializada em análises por satélite e que tem entre os seus patrocinadores organizações como a Google e Oceana.

Como já divulgamos (https://www.geriskpetroleo.com.br/nova-imagem-de-mancha-levanta-a-hipotese-de-navio-fantasma/), a LAPIS ligada à Universidade Federal de Alagoas divulgou imagem do satélite Sentinel 1-A que mostra uma mancha escura de 80 km de extensão fotografada antes da passagem do navio grego.

Agora tomamos conhecimento da hipótese de que o navio do tipo steam tankers I. C. White da empresa Panama Transport Co, afundado em 26/09/1941, durante a II Guerra Mundial, na posição 10° 26’S, 27° 30’W, carregado com 62.390 barris de óleo cru venezuelano poderia ser a fonte do desastre.

Fazendo uma análise preliminar e superficial, no intuito de estimular a discussão e análises mais aprofundadas, seguem alguns comentários:

  • Existem evidências de que o fato do navio I.C. White ter naufragado ou afundado em 1941 é verídico;
  • Existem outros casos de navios que transportavam óleo e foram afundados ou naufragaram na região durante e após a Guerra, o SS Rio Grande, por exemplo;
  • As correntezas quentes das Guianas e Sul Equatorial são compatíveis com os deslocamentos do óleo na região;
  • A posição mencionada como o local onde teria ocorrido o incidente não é muito condizente com o aparecimento do óleo primeiro mais ao Norte, embora não seja impossível;
  • A mancha recentemente fotografada pelo satélite e divulgada pela LAPIS está mais ao Norte e poderia ter sido carregada pelas correntes durante a subida à superfície. Nesta hipótese, poderia até ter outra causa: acontecido um underground blowout no fundo do mar, por algum motivo até agora desconhecido.

Enfim, o mistério CONTINUA. Melhor chamar o Sherlock Holmes.

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