FAZENDA BELÉM: mais que um desafio, uma boa oportunidade Onshore no Nordeste do BRASIL

Descoberto em 1980, o campo de Fazenda Belém tem reservatórios na formação Açu, situa-se entre 350 e 450 m de profundidade, possui óleo pesado (13 – 14⁰ API) com viscosidade média da ordem de 1.500 mD e porosidade em torno de 25%.  Os  principais mecanismos de produção do reservatório são um aquífero e gás em solução.  Quanto aos métodos de recuperação, são utilizados primordialmente a reinjeção de parte da água produzida e a injeção cíclica de vapor.

O campo, parte do programa de desinvestimentos da PETROBRAS, foi incluído no Teaser divulgado em 22/09/2017 para a cessão dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção nas concessões terrestres: (1. Aratum, 2. Lagoa do Aroeira, 3. Macau, 4. Porto Carão, 5. Salina Cristal, 6. Sanhaçu e 7. Serra) no Rio grande do Norte, (1. Aruari, 2. Angelim, 3. Aguilhada, 4. Atalaia Sul, 5. Brejo Grande, 6. Ilha Pequena, 7. Castanhal, 8. Mato Grosso, 9. Siririzinho e 10. Riachuelo) em Sergipe e (1. Fazenda Belém e 2. Icapui) no Ceará.

A produção, em 2016, nessas 19 concessões foi do ordem de 17,4 mil boe dia. Muitas dessas concessões têm potencial para um significativo incremento na produção exigindo, no entanto, investimentos. Os principais desafios são comuns à maioria dos campos e as melhores alternativas de solução específicas e customizadas. O campo de Fazenda Belém, nos parece, um bom exemplo dessa oportunidade de Negócio. Dentre as possíveis alternativas destacamos o uso da MicroCogeração  e da Técnica de “Poço em U”.

MicroCogeração é a produção combinada e descentralizada de eletricidade e calor utilizando microturbinas, células de combustível, motores de combustão interna,   motores Stirling, ou, ainda sistemas híbridos. O adequado equacionamento da questão da energia deve passar por uma abordagem integrada do serviço energético junto ao seu consumidor final. Para tanto, deve-se considerar as opções de oferta e as características da demanda, requerendo soluções mais eficientes com custos competitivos. A MicroCogeração pode representar, em muitos casos, uma oportunidade de atendimento às necessidades energéticas locais ou de consumidores específicos, eficiência e minimização dos impactos ambientais.  

Uma aplicação bastante interessante e que tem sido objeto de nossas pesquisas e estudos é a utilização de microturbinas a gás em campos maduros e marginais terrestres e marítimos, principalmente de óleo pesado, onde se possa empregar a injeção de vapor como método de recuperação secundária, a exemplo dos existentes no nordeste brasileiro. Os principais usos: a) Incremento da produção por poço e aumento do Fator de Recuperação com a Injeção de Vapor; b) Aproveitamento econômico do gás associado produzido; c) Aproveitamento social do gás associado; d) Geração de renda e empregos; e) Redução do Impacto Ambiental.

Outro ponto relevante que tem sido foco de pesquisa e estudos, inclusive com alguns poços pilotos, é o uso da Técnica oriunda da mineração e usada para travessia de rio, o chamado “Poço em U”, utilizando uma Sonda Inclinada (Slant Rig). 

Para mais detalhes ou qualquer esclarecimento adicional é só nos contatar.